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Esta pesquisa tem por objetivo geral analisar e evidenciar as estratégias de financiamento do capital de giro das empresas dos subsetores de Comércio, Construção Civil e Tecidos, Vestuário e Calçados, listadas na B3. O referencial teórico pautou-se na análise tradicional de indicadores financeiros e nas variáveis do modelo dinâmico a partir da literatura sobre o tema. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, documental e quantitativa, com tratamento de dados baseado na estatística descritiva e inferencial. Os dados utilizados foram extraídos das demonstrações financeiras das empresas dos subsetores citados, no período entre 2012 a 2018. A partir do cálculo das variáveis do modelo dinâmico, como, capital de giro (CDG), necessidade de capital de giro (NCG), saldo de tesouraria (ST) e ativo econômico (AE), procurou-se analisar e evidenciar as estratégias de financiamento do capital de giro e o perfil financeiro das empresas que compuseram a amostra. Também, buscou-se identificar a relação entre os indicadores de liquidez tradicional e dinâmico e o retorno sobre o ativo total (ROA). Como resultados, identificaram-se as estratégias predominantes em cada subsetor e suas características em relação ao financiamento do capital de giro. O subsetor Comércio, 80% das empresas
empregaram a estratégia conservadora, com alta utilização de recursos de longo
prazo para financiamento total do ANC e NCGper e parcialmente sua NCGsaz. Em
relação ao perfil financeiro desse subsetor, 8 empresas apresentaram o sólido,
confirmando uma situação de liquidez confortável, sendo o CDG a principal fonte de
financiamento das atividades operacionais. Em relação ao subsetor Construção
Civil, das 18 empresas, 33% apresentaram estratégia de financiamento agressiva,
evidenciando uma parcela maior de risco, devido ao aumento de participação de
fontes de recursos de curto prazo. Em relação ao perfil financeiro, este setor
apresentou 41% com o insatisfatório, evidenciando a utilização de recursos de curto
prazo no financiamento da NCG. Em relação ao subsetor Tecidos, Vestuário e Calçados, das 17 empresas, 47% apresentaram a estratégia agressiva; 29%, arriscada; e 24%, conservadora, apresentando-se como o mais alavancado da amostra em relação ao financiamento da NCG por meio dos recursos de curto prazo. Em relação ao perfil financeiro, o subsetor apresentou 47% o insatisfatório. Este estudo apontou que o subsetor de Tecidos, Vestuário e Calçados apresentou melhor equilíbrio entre sua liquidez e seu risco financeiro, de forma que demonstrou valores positivos dos indicadores de rentabilidade, utilizando-se de estratégias de financiamento com maior utilização de empréstimos de curto prazo. Além disso, encontrou-se uma relação positiva entre a variável independente CDG e a variável dependente ROA. |
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