O uso das tecnologias de informação e comunicação e do metaverso como fonte de vantagem competitiva na educação superior

Abstract

O objetivo do presente estudo é identificar se o uso das tecnologias da informação e do metaverso na aprendizagem é fonte de vantagem competitiva para as instituições de ensino superior privadas, a partir da percepção de gestores de instituições de ensino privadas sediadas em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Metodologicamente a presente pesquisa é do tipo descritiva, com abordagem qualitativa, na qual as técnicas utilizadas foram a entrevista em profundidade. Os resultados demonstram o viés de inovação nas IES face ao uso do metaverso e demais tecnologias; o viés de oportunidades no mercado educacional face ao uso de tecnologias; exclusividade da IES face as estruturas tecnológicas; concorrência da IES face ao reconhecimento da marca; estrutura organizacional na IES face a exploração do recurso tecnológico; e a análise dos recursos das IES sob a perspectiva do modelo VRIO. Foi percebido que os gestores de instituições de ensino privadas, em sua grande maioria, desconhecem, ou têm dificuldade, ou conceituam o metaverso de forma equivocada, confundindo-o às vezes com inteligência artificial ou um simples programa de informática. Além disso, em termos de identificação do uso do metaverso no âmbito da educação superior privada, observa-se sua utilização somente em um grupo educacional de uma única instituição analisada, situada no Rio de Janeiro. Também foi possível observar que o uso do metaverso pode ser uma demanda futura no âmbito da educação superior privada que envolverá alto investimento. Por fim, observa-se que o uso do metaverso pode ser fonte de vantagem competitiva temporária, pois, pode ser imitado, desde que seja direcionado investimento financeiro para tal inovação. Por outro lado, evidencia-se que a todo momento em termos de competição, no âmbito da educação superior privada, existem desvantagem competitiva, paridade competitiva e vantagem temporária. Destaca-se que, em nenhuma observação, identificou-se a vantagem sustentável, ou seja, a existência de práticas competitivas duradouras.